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O que analisar antes de contratar um seguro viagem.

11/07/2016 / Fonte: Revista Apólice

Na última década, o brasileiro tomou gosto pelas viagens internacionais. Durante anos, com a economia estável e o dólar em baixa, destinos como as capitais do Nordeste, praias do Sul do País ou do Rio de Janeiro foram substituídos por passeios à Europa, Caribe e, principalmente, aos Estados Unidos. Estar bem protegido contra os problemas com a bagagem, horário dos voos, custos e principalmente despesas médicas torna a viagem muito mais tranquila e sem sustos.

Mas quando o assunto é seguro viagem, a pergunta que fica é: que tipo de cobertura é a mais adequada? É necessário contratar sempre a mesma apólice, com as mesmas proteções? Muitos viajantes pensam que as coberturas padrão que encontram no mercado já são suficientes – e, em muitos casos, são mesmo. Até mesmo os seguros mais simples podem atender qualquer tipo de viagem. Porém, nenhum detalhe deve ser deixado de lado. O ideal é listar todas as características do passeio: se terá acompanhantes, a idade das pessoas, se o objetivo é o lazer, se haverá prática de algum esporte, se a viagem é a trabalho, se é curta, se é extensa… Todas essas informações são importantes para determinar quais coberturas devem ser contratadas e evitar imprevistos, inclusive financeiros.

É importante saber que o custo de internação fora do país é elevado e o mais caro é justamente nos Estados Unidos, um dos destinos mais procurados pelos brasileiros. Por exemplo: uma internação por problemas cardíacos de sete dias pode custar entre USD 200.000 e USD 250.000. Já uma internação por apendicite pode ter um custo que vai de USD 15.000 a USD 60.000. Na Europa os valores são menores, mas nem um pouco suaves. Para a mesma patologia, a conta pode ficar entre €70.000 e €90.000. Em caso de internação por apendicite, o valor médio é de €18.000. Uma semana de UTI em Miami, contabilizando apenas os custos hospitalares (profissionais e procedimentos são cobrados à parte) sai na faixa de USD 100.000 a USD 150.000.

Palavra do especialista

Segundo Raphael Swiersczynski, CEO da QBE Brasil Seguros, é importante levar sempre em conta o tipo de viagem e as atividades que se pretende fazer antes de contratar um seguro, inclusive para quem já possui algum plano de saúde ou assistências nos cartões de crédito. “Ele precisa se adequar perfeitamente a cada viagem e à cada pessoa. É recomendado conversar com um corretor ou agente de viagens, para que se identifiquem as proteções mais adequadas para cada destino. Vale ressaltar também os limites de abrangência geográfica e as exclusões previstas contratualmente, para que ninguém seja pego de surpresa”, explica Swiersczynski.

Seguro de vida ainda tem pouco apelo entre brasileiros

11/07/2016 / Fonte: Folha de São Paulo via Capitólio

Apenas 12% dos brasileiros que têm algum tipo de seguro contrataram um seguro de vida e aqueles que não têm o produto dizem não ver sentido em pagar por algo que não vão usar, apontam pesquisas feitas pelo grupo segurador BB e Mafre para tentar identificar por que essa proteção tem tão pouco apelo entre a população.

O seguro de vida oferece proteção financeira ao próprio cliente – no caso de invalidez ou doença grave, como câncer, por exemplo – ou aos seus dependentes, se ele morrer. Pode ser contratado por prazo determinado (um ano, por exemplo, com renovação anual) ou ser vitalício.

O principal objetivo é dar suporte financeiro a uma família em caso de falecimento ou incapacidade temporária do provedor principal, dando um tempo para que os dependentes consigam ter uma renda e reorganizar a vida. A estimativa é que esse período “protegido” deve ser de, pelo menos, dois anos.

Como raramente usufrui dos benefícios do produto em vida, o cliente atribui ao seguro a sensação de “dinheiro jogado fora”. Um dos levantamentos, por exemplo, mostra que um dos motivos para não ter o produto é a ideia de que parte do dinheiro será usado para sustentar um amante do cônjuge.

Os entrevistados dizem também recear que o dinheiro provoque a ganância de familiares e casos de assassinatos na família ou ainda que traga mau agouro.

“As pessoas não gostam de falar sobre morte. É uma barreira emocional, uma das dificuldades para abordar os clientes na venda dos produtos”, diz Ângela de Assis, diretora comercial e de operações da BB Seguridade. A preocupação em driblar isso é ainda maior porque o produto oferece uma boa margem de lucro, acima do seguro de veículos, por exemplo.

PARA QUEM?

Entre os brasileiros que têm seguro de vida, mais da metade (58%) diz ter contratado o produto em banco. Mas, apesar da insistência do gerente em efetuar a venda, planejadores financeiros alertam que não é interessante para todo mundo.

Assim como não faz nenhum sentido contratar um seguro de carro se o cliente não tiver o próprio automóvel, o seguro de vida é válido para quem tem dependentes que sofrerão caso um dos membros da família não possa mais ajudar no sustento da casa. “O seguro é feito para cobrir uma deficiência patrimonial, para ajudar a família a sobreviver em caso de morte do provedor principal”, reforça Michael Viriato, professor do Insper, instituto de pesquisa e ensino.

Para jovens universitários sem dependentes, por exemplo, o produto não faz nenhum sentido. Para idosos, a barreira é o preço elevado. Nesses dois casos, a recomendação é investir o dinheiro que seria destinado às mensalidades do seguro em aplicações de renda fixa.

O custo médio do seguro vai aumentando conforme o cliente vai envelhecendo, conforme mostra levantamento da corretora de seguros MDS realizado com três seguradoras.

Um homem sem doenças preexistentes com capital segurado de R$ 100 mil, cobertura de invalidez total ou parcial por acidente, invalidez funcional total e permanente por doença e assistência funeral tem um custo médio de R$ 43,80 por mês. Já um de 55 anos pagaria R$ 194,24. Aos 65 anos, o valor salta para R$ 464,19.

Com base nessas pesquisas, a BB Seguridade fará mudanças no portfólio neste mês para tentar minimizar a sensação de que apenas outros membros da família serão beneficiados. Entre elas, ampliar a cobertura de doenças graves, incluir diárias por internação hospitalar e aumentar a idade de entrada no produto – de 65 para 70 anos.

Autor: Danielle Brant – Referência: Folha de São Paulo

Francês processa ex-empresa por ‘não fazer nada’ no trabalho

05 de maio de 2016 | Fonte: UOL

Passar o expediente matando o tempo no escritório pode ser a definição de emprego ideal para alguns. Mas para o francês Fréderic Desnard, 44, ter um trabalho entediante, em que ele “não fazia nada”, foi razão para processar a empresa.

Ele entrou com uma ação na justiça do trabalho da França nesta segunda-feira (2), pedindo indenização de 360 mil euros (cerca de R$ 1,46 milhão) por danos morais e direitos trabalhistas.

O francês ganhava mais de 80 mil euros (cerca de R$ 325 mil) por ano no cargo de diretor de serviços gerais da companhia de perfumes de luxo Interparfums, segundo a agência de notícias France-Presse.

A falta do que fazer começou em 2009 e piorou em 2012, segundo ele, quando a empresa perdeu um grande cliente e passou a demitir parte da equipe.

Desnard diz que foi “colocado na geladeira” e transformado em um “profissional zumbi” e alega que isso lhe causou sérios problemas emocionais e de saúde.

O caso deve ser julgado por um tribunal de Paris em 27 de julho.

‘Garoto’

Em entrevista ao jornal francês “Le Monde”, disse que trabalhava “entre 20 e 40 minutos por dia”.

Apesar da posição de diretor, Desnard afirma que seus superiores o chamavam de “garoto” e não lhe davam nenhum trabalho. Pediam apenas que fizesse tarefas pessoais para eles, como buscar os filhos na escola.

Desnard diz que chegou a ser mandado para casa, com um aviso de que seria chamado caso o chefe precisasse, o que não teria acontecido.  

Ele afirma que essa situação lhe causou “extremo cansaço”. “Eu não tinha mais energia para nada. Me sentia culpado e envergonhado de ganhar um salário sem fazer nada. Tinha a impressão de ser invisível na empresa”, disse ao jornal francês.

Mercado em crise

Para o advogado de Desnard, Montasser Charni, trata-se de uma forma de assédio moral, que teria acarretado problemas de saúde para o seu cliente.

“Ele teve depressão e sofreu um acidente de trânsito em decorrência de um ataque epiléptico”, disse. Após o acidente, Desnard ficou sete meses em licença médica e, em seguida, foi demitido, em setembro de 2014.

Segundo Charni, o funcionário não teve coragem de reclamar para a empresa porque o mercado de trabalho passava por uma crise.

Empresa nega acusações

A empresa nega as acusações. O advogado da companhia, Jean-Philippe Benissan, afirma que o ex-funcionário nunca enviou sequer um e-mail reclamando de sua situação, nem alertou a fiscalização dos direitos trabalhistas.

Benissan disse, ainda, que o médico da empresa sempre atestou Desnard como tendo boas condições de saúde.

A companhia questionou a “estratégia” do ex-funcionário, afirmando que ele anteriormente recorreu à justiça do trabalho alegando estar sobrecarregado.